segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Futebolistas sim, cientistas não!

Numa carta enviada ao The Times (ligação não disponível), oito prémios Nobel a viver no reino Unido, entre os quais os dois russos vencedores do Nobel da Física de 2010, protestam contra as políticas de restrição da imigração anunciadas pelo governo de David Cameron. O mais chocante destas medidas é que introduzem uma excepção para atletas de alta competição, com o intuito de isentar os futebolistas da Primeira Liga Inglesa. Um dos investigadores signatários concluiu: "o governo considerou adequado introduzir uma excepção à regra para os jogadores de futebol da Premier League. É um triste reflexo das nossas prioridades como Nação se não podemos permitir o mesmo reconhecimento para cientistas e engenheiros de elite".

4 comentários :

Luís Lavoura disse...

Não é por nada, mas eu creio que em Portugal também há regras de exceção para os futebolistas, por exemplo ao nível dos contratos de trabalho. Um futebolista pode ser objeto de sucessivos contratos de trabalho temporários, com prazos superiores aos legais, sem nunca ter acesso a um contrato de trabalho sem termo.

João Moutinho disse...

Não deixa de ser uma certa consolação para nós saber que não estamos orgulhosmente sós nestas andanças futebol/ciência.

Ide levar no déficite ide disse...

há uma razão para isso, competição com graduados ingleses pelos mesmos lugares

um químico de topo ganhava em 1991 no mínimo entre 20 a 25000 libras
hoje há muitos a trabalharem por 15 a 18000£
e a competição por parte da comunidade russa, ucraniana polaca por esses lugares foi uma das causas das baixas nas fileiras tecnocratas

Luís Lavoura disse...

bora rat

Mas também é verdade que os futebolistas estrangeiros competem com talentosos futebolistas ingleses pelos mesmos lugares. A pergunta permanece, por que é que permitem que futebolistas estrangeiros roubem o emprego a futebolistas ingleses, mas não permitem o mesmo para as restantes profissões?