domingo, 18 de outubro de 2009

Burca: mais vozes islâmicas pela proibição

Cada vez mais vozes islâmicas se levantam pela proibição da burca. Depois de uma xíita, uma sunita:
  • «(...) The Muslim Canadian Congress (MCC) is now adding its voice to Sheikh Tantawi’s, and all the others who demand an end to this insult to the female gender. The MCC, an organization that I once led, has asked Ottawa to introduce legislation that will “ban the wearing of masks, burkas and niqabs in public.”Defenders of the burka contend that the wearing of a face-mask by Muslim women is protected by our Charter’s right to religious freedom. But such arguments are premised on the myth that a face-mask for women is a necessary part of religiously prescribed Islamic attire.
    There is no requirement in Islam for Muslim women to cover their face. Rather, the practice reflects a mode of male control over women. Its association with Islam originates in Saudi Arabia, which seeks to export the practice of veiling — along with other elements of its extremist Wahhabist brand of Islam. (...)» (National Post)

4 comentários :

Miguel Madeira disse...

Por outro lado, isso acaba por refutar o argumento dos que defendem a proibição da burka em nome da "laicidade" (como no caso dos "simbolos religiosos" nos liceus franceses).

Filipe Castro disse...

Não vejo como.

Miguel Madeira disse...

Simples - se as burcas e afins não são, como diz Tarek Fatah, uma regra religiosa, então o uso de burka também não é uma violação do principio da laicidade.

Ricardo Alves disse...

Miguel Madeira,
o Tarek Fatah é obviamente um muçulmano moderado (também há disso, pelos vistos). Defende que na sua interpretação do Islão não há obrigatoriedade da burca. O que não invalida que em interpretações mais integristas não se considere que é obrigatório - e que o seu uso seja promovido pelo clero. Nesse último caso é uma questão de laicidade proibir a burca. Mas há também outros argumentos a favor da proibição - por exemplo, ser um utensílio de anonimização/invisibilização (passem os palavrões) das mulheres. Já coloquei aqui alguns textos que defendem essa perspectiva - o da Catherine Kintzler, por exemplo.