segunda-feira, 8 de junho de 2009

Resultados nos principais círculos eleitorais

Na Alemanha, os conservadores ganharam (38%), embora perdendo 6.7%; os sociais-democratas conseguiram fazer pior (20.8%) do que o mínimo histórico anterior (21.5% em 2005). Os liberais de direita subiram para 11% (tinham 6% em 2005), e os verdes e a esquerda socialista tiveram ganhos mínimos (ficaram com 12% e 7.5%, respectivamente). Deputados: 42 PPE (-7), 23 PSE (=), 12 ALDE (+5) , 14 verdes (+1), 8 GUE/NDL (+1).

Na França, prevê-se que os conservadores ganhem com 28% (+11%); que os socialistas desçam para 17% (-12%); e que a grande surpresa seja a subida dos ecologistas para os 16% (+9%). Os centristas descerão para 8% (-4%). A extrema-direita lepenista descerá de 10% para 6%, e os soberanistas de direita de 7% para 5%. Pelo contrário, os soberanistas de esquerda sobem de 5% para 6% e os trotsquistas surgem com 5%. Deputados: 30 PPE (+13), 14 PSE (-17), verdes 14 (+8), ALDE 6 (-5), GUE/NDL 4 (+1), extrema direita 3 (-4), etc (são projecções).

No Reino Unido, confirma-se que os trabalhistas lutam pelo terceiro lugar com os liberais de esquerda, atrás dos conservadores e dos soberanistas de direita. Os verdes mantêm dois deputados, e os fascistas do BNP elegem dois pela primeira vez.

Na Itália, Berlusconi e as suas misses têm mais quatro, a Liga do Norte mais quatro (!), os socialistas mantêm (22/23), e os comunistas afundam-se (-7).

Na Espanha há um ligeiro movimento para a direita, na Polónia um movimento muito acentuado para a direita.

O grupo de países que descrevo acima elege mais de metade dos deputados ao parlamento europeu.

Enfim, no geral, as quedas significativas dos socialistas na França, no Reino Unido e na Polónia viram à direita a composição do Parlamento Europeu. É incrível como a esquerda, nos vinte anos que decorreram desde o fim das ditaduras do leste da Europa, não se reconstruiu. Nem a esquerda social-democrata, nem a marxista. A única novidade global é a esquerda ecologista.

1 comentário :

Anónimo disse...

Ricardo Alves:

"...É incrível como a esquerda, nos vinte anos que decorreram desde o fim das ditaduras do leste da Europa, não se reconstruiu."

É incrível, porquê?

Isto espanta alguém?