terça-feira, 9 de junho de 2009

120 extremistas no Parlamento Europeu

A vontade popular assim o determinou: 120 dos 736 lugares são ocupados por nacionalistas, eurocépticos, xenófobos e populistas.

A questão já não é se a direita vai levar a Europa a outro banho de sangue, mas quanto tempo levará a Europa a balcanizar-se e começar a cometer atrocidades contra minorias e vizinhos.

Cada vez que eu escrevo aqui que acho os europeus muito mais perigosos do que os americanos toda a gente me critica, mas um dia dão-me razão...

16 comentários :

Nuno Gaspar disse...

«Cada vez que eu escrevo aqui que acho os europeus muito mais perigosos do que os americanos toda a gente me critica, mas um dia dão-me razão...»

Até concordo consigo. Você é um bom exemplo.

Ricardo Alves disse...

É bastante improvável que esses partidos consigam formar um grupo unificado no PE, pela simples razão de que os nacionalismos se excluem mutuamente: os nacionalistas húngaros detestam os ciganos, os nacionalistas romenos detestam os húngaros, os nacionalistas eslovacos também desconfiam da «Grande Hungria», etc. Precisam de 25 deputados de 7 Estados diferentes para terem um grupo parlamentar (o que daria direito a financiamentos, maiores tempos de intervenção, lugares em comissões parlamentares, etc).

João Moutinho disse...

"Toda a gente"...A consideração que o Filipe Castro há de ter pelos meus comentários.

Anónimo disse...

Sobre as causas que levam a que estes cromos de extrema direita surjam,o Filipe Castro tem alguma ideia?

Sobre a forma como se devem retirar argumentos a estes cromos de extrema direita, fazendo com que a população ache inútil votar neles, o Filipe Castro tem alguma ideia?


Ou vai ser a retórica vazia da esquerda europeia a, supostamente, resolver o problema?

Toda a gente sabe qual é o problema, e toda a gente se recusa a perceber o que se deve fazer.

O resultado? Isto que começamos a ter.
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Outra nota: tem sido os "partidos tradicionais" do arco do sistema governativo na Europa em em Portugal também, e em especial os de esquerda, a darem tempo e oportunidade a que grupelhos de extrema direita andem por aí à solta.

Dá-lhes jeito para tentarem mostrar ao resto da população que existem uns "tipos radicais" e que a população deve assim votar nos PS´s e nos Psd´s da europa, para conter os "radicais".

Um dia destes precisamente por causa desta táctica completamente imbecil, arriscam-se a terem surpresas eleitorais, daquelas desagradáveis.

Em Portugal: o PNR é legal ainda porquê?

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E peço-lhe por favor, para não desviar para uma retórica norte americana assente no preconceito de que os europeus são mais perigosos que os americanos.

Isso é um preconceito totalmente descabido.

Está dentro da mesma linha retórica dos norte americanos que repetem sistematicamente a frase de que "os europeus não sabem produzir nada" por oposição aos americanos.

zé gato disse...

perigoso é portugal ser o único país da europa onde a extrema-esquerda representa 20% dos votos.

não se esqueça, filipe, que a esquerda matou bem mais na europa (e no mundo) que a direita.

Filipe Castro disse...

Quando digo que os europeus são perigosos refiro-me, nos últimos 120 anos, ao rei Leopoldo II da Bélgica, que matou 10 milhões de pessoas no Congo, ao Hitler, ao Mussolini, ambos eleitos, aos ditadores todos do Bloco de Leste, ao Vaticano, que apoiou todas as ditaduras da América do Sul, refiro-me ao que os portugueses fizeram uns aos outros durante o salazarismo e aos africanos nas colónias, ao que os espanhóis fizeram uns aos outros durante e a seguir à Guerra Civil de Espanha, ao que os ingleses fizeram aos irlandeses e aos Boers, e depois à população africana e depois à população de Timor Leste, aos bombardeamentos de civis na Segunda Guerra, o que fizeram aos judeus e aos ciganos... se tiverem seis horas posso-vos contar histórias.

Filipe Castro disse...

As causas da brutalidade europeia? Pogroms, o bombardeamento de Dresden, campos de concentração, o massacre de Srebrenica, etc.? A natureza humana!

Os sistemas políticos falham por estupidez, por ignorância e por ganância dos cidadãos.

Quer que lhe diga qual é a solução? Eu acho que não há. Acho que se o mundo pudesse ser melhorado já tinha sido melhorado.

Quando se lê a história da Europa constata-se que às vezes, por curtos períodos, ganham os bons, mas que a regra é ganharem os maus. :o)

Nuno Gaspar disse...

Ena Pá!
Quem é que lhe contou isso tudo? Algum índio americano, não? Não encontrou nenhum?
Oh diabo!

É muito fácil julgar a história muitos anos depois dela ter acontecido. Difícil é perceber para onde nos levam as decisões e as atitudes que vivemos no momento.
O ódio à religião e aos religiosos que transpira das suas palavras não é um bom prenúncio.

Filipe Castro disse...

Indios!? Os ingleses mataram-nos com cobertores com varíola! Os que sobraram mataram-nos os americanos entre 1870 e 1880.

Nuno Gaspar disse...

Como vê, não é só na Europa que há desgraças.

Ricardo Ferreira disse...

A esquerda matou mais que a direita?

Seria interessante saber as fontes de dados que sustentam essa afirmação.

Zeca Portuga disse...

Há aqui interessantes afirmações absurdas.

Em primeiro lugar, actualmente, O POVO do mundo inteiro não liga coisa nenhuma a essa questão de ideologias. Esquerda, centro, direita… para o povo anónimo, é tudo treta.

Actualmente, as eleições vencem-se com base me três pressupostos: o clubismo, o publicidade e a reacção à governação/sistema instituído.

Entre os mais experientes, conta essencialmente o clube – sou do partido X e acabou-se. Para eles há pouca diferença entre o partido e o clube de futebol.

Para os memos instruídos, mais facilmente ludibriáveis, a propaganda, a gestão de imagem e o discurso de circunstância (sempre as mentiras do costume), determinam o sentido de voto;

Aqueles que realmente se preocupam com a análise da actualidade e com o futuro próximo, votam por reacção ao mau governo. O voto é um protesto (“a arma do povo”, como se dizia nos anos 70).
Por norma, este grupo divide-se em dois: os mais sérios, que enveredam pelo voto útil (voto em X porque é o único que pode derrotar Y e governar de forma diferente); os mais inconsequentes e acanalhados, para quem o voto é um protesto irresponsável – voto naqueles, porque estão aí “partir a louça” (eu disse louça e não Louça).

Isso de esquerda e direita, praticamente não existe. Não passa de um rótulo que serve para mascarar outras questões.

Isto aplica-se apenas ao povo.

Quanto aos políticos, é que pode ser diferentes, mas não muito diferente.
Antes da ideologia (que muitos nem sabem o que é, nem têm formação ou capacidade para apreender e formalizar juízos a esse nível) vem o interesse pelo “tacho”.

Os esquerdistas, mais arruaceiros e pró-terroristas, estão sempre dispostos a contrariar a normalidade social e cultural. Reservam-se no direito de dizer tudo o que lhes venha à cabeça, no discurso fácil, nas intenções mais pérfidas, desde que lhes dê lucro (votos). Por norma, aproveitam-se da fragilidade das minorias, dos excluídos, dos dissidentes e dos que são facilmente alienáveis “psicologicamente” (para além dos ignorantes).

Os da direita, mais humanistas e preocupados com o Homem como cidadão e actor social, são mais dados à pacata vivência da cultura instituída (um velhote da minha aldeia natal dizia-me: “são mais cabaneiros!”).

O problema é que os politicos tentam ver o POVO como o GADO que eles podem conduzir, amestrar e gerir.

Claramente, um ideologia de direita é mais segura e socialmente aceitável do que uma esquerda arruaceira e anti cultura.

Dai que eu concorde, plenamente com o Zé Gato:

perigoso é portugal ser o único país da europa onde a extrema-esquerda representa 20% dos votos.

não se esqueça, filipe, que a esquerda matou bem mais na europa (e no mundo) que a direita.” (Sic)


Muitas das ideias dos ditadores europeus têm raízes no marxismo (v.g. o antepassado dos actuais senhorios da “europa” – Hitler)

É pena que o Filipe, que até aprece ser uma pessoa inteligente, esteja tão mal informado e insista em algumas alarvidades (tipo Stefano, cujo discurso é dum perfeito crápula ignorante a repetir, até a exaustão, sempre as mesmas aldrabices!).

Os “europeus”, não são um povo. Têm diferenças tão grandes dentro do continente!... Grande parte do Novo Mundo é de origem europeia.
Só assim aceito que se diga que os europeus são perigosos. Porque, literalmente, no ultimo século, o povo mais perigoso, mais terroristas, mais belicistas, mais dado à chacina e à destruição, sãos os EUA.

Aliás, ajudaram a derrotar5 Hitler para lhe tomar o lugar!

Finalmente, a vergonha do meu Portugal, é ver a crescer os ultrapassados fundamentalistas da esquerdalha. È uma afronta e um atestado de ignorância, ver que no nosso país cresce o mais selvagem facção da politiquice e do tachismo.

Quanto aos 120 extremistas perigosos, espero que estejam contados os do BE português.

Ricardo Ferreira disse...

Zeca Portuga.

O seu discurso para além de estar cheio de insultos de ignorância aos outros, revela uma série de ideias (incorrectas) que não são demonstradas de forma nenhuma.

Chamar à direita mais humanista, só pode ser devido a algum (muito) desconhecimento. Dizer que Hitler veio do marxismo... ainda pior. O homem era contra o marxismo.

E relativamente aos extremstas perigosos que se encontram no Parlamento Europeu, dizem exactamente as mesmas alarvidades que o Zezca diz.

Oh Zeca, cada vez mais a sua cobertura anónima começa a cair.

zé gato disse...

"A esquerda matou mais que a direita?

Seria interessante saber as fontes de dados que sustentam essa afirmação."

não consegui encontrar um artigo que o dissesse claramente, mas encontrei um que elegeu um top 10 dos maiores assassinos da história. só o mao(77M) e o estaline (43M) mataram 120.000.000 de pessoas. leia o artigo, faça as contas e verá que nem todos os ditadores de direita no mundo mataram tanto.

http://super.abril.com.br/revista/246/materia_revista_261295.shtml?pagina=1

Zeca Portuga disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zeca Portuga disse...

Excelente´comentário Zé Gato!

Assim se calam os aldrabões.