domingo, 23 de novembro de 2008

Segurança Social

Uma das razões pelas quais a direita se encarniça na luta pela destruição da segurança social é muito simples: os trabalhadores que gozam de regalias sociais tendem a votar na esquerda. Um dos think tanks da extema-direita aqui nos EUA (o Cato Institute) avisou que se Obama conseguir passar um plano de segurança social o Partido Republicano pode sofrer um enorme revés.

Para a direita a religião é um factor fundamental, que permite manter as massas ocupadas com assuntos como o aborto ou o casamento gay, em vez de as deixar considerar as oportunidades que uma distribuição justa da riqueza proporcionariam ao mundo.

Uma das primeiras coisas que Bush fez em 2001 foi transferir o apoio social para organizações religiosas. A outra prioridade na cartilha da direita é desbaratar as finanças públicas para não haver dinheiro para a solidariedade social (small government, como eles dizem). Mas vale a pena ler a opinião do sr. Cannon:

Blocking Obama’s Health Plan Is Key to the GOP’s Survival

Ditto Baucus’ health plan. And Kennedy’s. And Wyden’s.

Why? Norman Markowitz, a contributing editor at PoliticalAffairs.net (motto: “Marxist Thought Online”), makes an interesting point about how making citizens dependent on the government for their medical care can change the fates of political parties:

A “single payer” national health system – known as “socialized medicine” in the rest of the developed world – should be an essential part of the change that the core constituencies which elected Obama desperately need. Britain serves as an important political lesson for strategists. After the Labor Party established the National Health Service after World War II, supposedly conservative workers and low-income people under religious and other influences who tended to support the Conservatives were much more likely to vote for the Labor Party

I’m no student of British history, but that sounds about right. Markowitz continues:

The best way to win over the the portion of the working class in the South or the West that supported McCain and the Republicans is to create important new public programs and improve the social safety net. National health care [and other measures] will bring reluctant voters into the Obama coalition. That is how progress works.

Republicans might want to take note.

(Anyone who thinks that Obama’s plan is not socialized medicine should read this.)

7 comentários :

Jorge Santos disse...

A religião tem obrigatóriamente que fazer solidariedade, porque senão a fizer torna-se inútil aos olhos de muitos e pode acabar.
Porque de todos os seus defeitos a única virtude é a deprendência que transmite ao Estado.
Mas o Estado não precisa dela se quiser. Existe a solidariedade social.

Zeca Portuga disse...

«Para a direita a religião é um factor fundamental, que permite manter as massas ocupadas com assuntos como o aborto ou o casamento gay, em vez de as deixar considerar as oportunidades que uma distribuição justa da riqueza proporcionariam ao mundo...» - Nada maid absurdo do que esta afirmação. As pessoas podem discutir, mas os politicos é que decidem!
De resto, é facilimo de resolver o problema: acab-se com o aborto e o casamento da paneleirada, e passa-se á fase seguinte: o bem-estar social!

Anónimo disse...

Ó Zeca Portuga então não há bem estar social no nosso país? Está a brincar comigo!! Há bem estar e muito!!
Não está a falar dos pobres pois não??
Por favor, quem é que quer saber desses? É apenas a grande maioria!

Além disso "as pessoas podem discutir, mas os politicos é que decidem!" As pessoas não votam nos políticos. Isso seria ridículo, não faria sentido nenhum.

E de facto a melhor forma de promover o bem estar social é acabar-se com o aborto e "o casamento da paneleirada" que aliás já foi legalizado em Portugal.
Temos aqui orador, sim senhor! Eu cá voto em si...para diácono da Igreja Universal Reino de Deus.

Zeca Portuga disse...

Bem, se calha sou eu que não sei ler!!!

Falava-se de uma espécie de democracia pró-terrorista conhecida como EUA, onde a “direita mais religiosa” discute aborto e casamento de paneleiros… ou não é isso que diz lá!?

Mas, em Portugal a coisa não é diferente.
O povo não escolhe nada, porque a democracia é uma farsa.

Qualquer aldrabão pode prometer que quiser, e chegado ao poleiro nada faz, ou pior ainda, faz o contrário do que tinha prometido! E, quem o responsabiliza por isso? Que tipo de sanção lhe é aplicada?

Nada! Absolutamente nada!

O mais estúpido: a politica tem um circulo (um set, um conjunto) reduzido de pessoas que se revezam nos cargos. Não são competentes, não são capazes, não são instruídas, não são bem formadas, não tem aptidão…. São gente sem princípios, sem capacidade , sem educação… são profissionais da “banha-da-cobra”.

Dos pobres e bem-estar… já nem falo!

Não sou diácono da seita da Igreja Universal do Universal do Reino de Deus… sou um católico sério e honesto!”

Filipe Castro disse...

Sr. Zeca,

Os "paneleiros" são seres humanos, tal e qual como você (alguns se calhar mais cultos e mais inteligentes). Se faz favor, tenha tento na língua.

Zeca Portuga disse...

Como já disse noutro lugar:

Um paneleiro não o simples gay que vive a sua vida normal sem problemas.
Trata-se, isso sim, de um farsantes que faz das suas perversões sexuais uma palhaçada, que alinha em tudo o que seja dabalhoquice pública (vulgo: “paradas”) e tem a tara de que se deve impor à sociedade as suas perversões como a normalidade, reclamando a adaptação dos valores, das instituições e das práticas culturaís/sociais à sua perversão.

Ricardo Alves disse...

Não sei o porquê de a homossexualidade ser uma perversão, senhor Zeca Portuga. É por não coincidir com os seus gostos/preferências?