segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Nacionalizações... da tanga.

Creio que não se pode falar aqui de nacionalizações. Estas medidas são só uma maneira expedita de mandar a conta dos desmandos dos oligarcas para cima dos cidadãos.

Os cleptocratas que mandam nos políticos vão continuar a mandar nas instituições "nacionalizadas" e não se emitiu até agora um único piu sobre os salários e os prémios dos "gestores". Os EUA estão a saque e não há vai ser fácil parar o processo. Antes de abandonarem o barco, os criminosos que administravam a Lehman Bros. roubaram dois biliões e meio de dólares em prémios e bonus.

Bush vai ficar na história por ter instituido uma porta giratória entre as empresas e os gabinetes do estado que permitiram a um pequeno número de bilionários amigos roubarem o erário público impunemente.

Não acho que se possa falar aqui de ideologia nem de nacionalizações, no sentido em que passa a haver mais ou menos controlo de certos sectores da economia pelos cidadãos, através de um governo democraticamente eleito.

Aliás, uma das coisas mais vergonhosas que hoje foi notícia aqui, é a corrida das empresas que roubaram e enganaram os cidadãos durante os últimos anos aos biliões que se vão ganhar na distribuição dos 700 biliões que os contribuintes vão ter de lhes pagar.

2 comentários :

Ricardo Alves disse...

A questão, aqui, é que há que tirar consequências ideológicas do que se está a passar. O mercado precisa do Estado - esta é uma evidência que muitos negavam anteontem. E portanto o mercado desregulado, com toda a economia tendencialmente entregue a privados, é uma utopia.

Filipe Castro disse...

:o) Na Idade Média (e na Somália) o papel do Estado...