sexta-feira, 27 de junho de 2008

Revista de blogues (27/6/2008)

  1. «Não é difícil enumerar, a título exemplificativo, alguns elementos básicos de um programa europeísta de esquerda para a UE: - incluir nos objectivos do BCE o crescimento económico (tal como acontece no caso do Banco Federal Americano) e o pleno-emprego, corrigindo assim a obsessão exclusiva com a estabilidade de preços; - promover a criação de instrumentos de política orçamental à escala europeia com fins de estabilização conjuntural (para além de um combate efectivo às assimetrias regionais); - eliminar a concorrência fiscal através de um esforço de harmonização da fiscalidade sobre as empresas e sobre os ganhos de capital, impedindo que a livre circulação de capitais na UE continue a corroer a base fiscal dos países e da União; - adoptar uma taxa Tobin Europeia para amenizar os movimentos de capitais especulativos. Vital Moreira não precisa de gastar tempo a explicar que estas medidas são inviáveis no quadro actual da UE. Não temos dito outra coisa. Mas a sua inviabilidade não é técnica ou teórica. Ela deriva de um arranjo institucional que deixa poucas alternativas, mesmo que houvesse para tal maiorias claras entre os cidadãos europeus. É assim mesmo, o neoliberalismo está mesmo no sangue daquilo que é a UE nos dias de hoje.» («E ainda: que tipo de europeísta é Vital Moreira?», no Ladrões de Bicicletas).

  2. «A promiscuidade que se vive entre o Estado (neste caso representado pela sua entidade local-a autarquia) e a Igreja, permite a remodelação de sítios que não são públicos (do pressuposto de estarem sobre a responsabilidade estatal). Confundir freguesia com paróquia transpõe-nos para uma época ida onde os espaços administrativos eram delimitados pelas congregações religiosas. Qual a urgência de beneficiação de tal sítio? Será a sua importância histórica? O seu papel de apoio social? Porque a Igreja (no seu todo), com todo o seu esplendor monetário não remexeu nos seus fundos para suportar as obras de remodelação desta pequena paróquia? Não houve alternativa ao investimento público num sítio religiosamente privado?» («Investir no necessário», no Remisso).

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