sexta-feira, 9 de março de 2007

A igualdade que vai dar polémica

  • «O Governo decidiu estender às mulheres o carácter obrigatório do recenseamento militar a partir deste ano, anunciou ontem o ministro da Defesa. "Está na hora de acabar com essa discriminação" relativamente aos homens, afirmou Nuno Severiano Teixeira, no final do almoço com que as Forças Armadas assinalaram, na messe de oficiais de Caxias, Lisboa, o Dia Internacional da Mulher.» (Diário de Notícias)

Eu acho bem.

9 comentários :

David Cameira disse...

Não vejo em q é possa consistir a polémica...

Pq não tb haver uma iniciativa governamental para as mulheres terem admissão na linha da frente de todos os ramos das forças armadas e mm, pq não conforme as capacidades físicas das mulheres q se voluntariassem, nas tropas especiais.

ESSA É A ÚLTIMA FRONTEIRA DA LIBERTAÇÃO DA MULHER

Camarelli disse...

há polémica pois, nem que seja da minha parte. acabem é com a porcaria do recenceamento militar obrigatório. existe maior contradição do que uma sociedade que pune o assassínio e condena o suicídio e simultaneamente obriga ao homicídio e o sacrifício pelo «fantasma» da nação?

Anónimo disse...

Apoio o Matarbustos. Neste aspecto era o homem que devia ter os mesmos direitos das mulheres. Para que é que precisamos de tropas? Nunca mais vamos ter outro 25 Abril, feito daquela maneira. O 25 de Abril foi a única vantagem que vi em termos militares.

João Vasco disse...

Eu estou com o Ricardo e acho bem.

Quanto ao serviço militar obrigatório, ele já acabou (felizmente!). O recenceamento não é isso.

Camarelli disse...

é verdade que recenceamento e serviço militar são coisas distintas; mas, tal como os actos litúrgicos e o «recenciamento»/baptismo numa instituição religiosa são facultativos (quando não obrigam as crianças, claro), defendo a plena objecção de consciência.
eu felizmente não cumpri serviço militar mas enoja-me (é o termo) ter um cartãozinho onde se regista o meu estatuto de reservista; seria mais honesto escrever lá «desertor» por antecipação pois a mim não me vão ver a participar numa guerra.

Filipe Castro disse...

Eu acho que precisamos de ter um exercito forte e bem armado. Senao, bastara aos traficantes de drogas comprar armas melhores que a da policia.

O que e duvidoso e que sejam precisos tantos generais e tantos almirantes. Acho que Portugal deve ter mais generais e almirantes per capita do que qualquer outro pais da Europa.

Como sempre: muitos chefes e poucos indios :-)

Ricardo Alves disse...

Ter as mulheres nas Forças Armadas vai fazer bem à tropa. É da maneira que se humanizam. E, para algumas delas, pode ser uma oportunidade de carreira.

Isto é a estocada final no militarismo conservador. Quando a primeira mulher chegar a general, vou rir-me à gargalhada.

Anónimo disse...

Ricardo: dizes «quando a primeira mulher chegar a general,vou rir-me à gargalhada»

Desconfio, Ricardo, que se isso alguma vez acontecer, que o teu filho já é avô! E só se fôr uma mulher que copie os homens nas suas atitudes (tipo Tatcher)que «eles» a deixem subir até esse ponto.

Não Ricardo, por mim não é por aí que a igualdade vai ser conquistada. Na minha opinião será se fizermos como parece que Espamha vai fazer : a disciplina da cidadania. Será pela educação que a discriminação será atenuada.

Anónimo disse...

Se as forças armadas fossem uma instituição ao serviço da sociedade, promotoras da cidadania, capazes de usar eventualmente a violência para defender a dita sociedade, mas dispostas ao serviço social de outras maneiras, o direito de nelas ingressar seria um privilégio desejável. Mas se um burocrata qualquer decide recensear as mulheres para o serviço militar, sem isso corresponder a nenhuma aspiração genuína por elas manifestada, acho apenas uma forma de gastar o nosso dinheiro desnecessariamente.
Se as mulheres acharem que isso é importante, fixe.
Mas elas já fazem muitas coisas que os homens não conseguem (ter meninos) ou não querem fazer (cuidar de toda a gente, do ponto de vista afectivo e prático). E sem essas coisas a sociedade não anda.
Que tal recensear os homens para ajudar nesses campos? Era um caminho mais curto para a igualdade...