segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Leituras recomendadas (22/1/2007)

  1. «Num não há sempre um sim escondido. Quando negamos qualquer coisa, afirmamos ao mesmo tempo outra que se encontra escondida, por vezes a custo, atrás dessa negação. Partindo deste princípio, quem votar não no próximo dia 11 de Fevereiro estará na realidade a votar sim às seguintes perguntas: Concorda com a prisão da mulher, até três anos, depois de ela já ter passado pela violência física e psíquica de um aborto clandestino? Concorda com que continuem a existir por ano, em Portugal, 18 mil abortos clandestinos e centenas de mulheres com graves complicações pós-abortivas? Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, em estabelecimento de saúde espanhol legalmente autorizado?» («Os sins do Não», no Sim no Referendo.)

  2. «O cofre que foi encontrado na “clínica” clandestina mostra o que os «nossos impostos» não podem pagar: Carla, 26 anos, deixou 2 fios, 4 pulseiras de criança e um anel; Carminda, 31 anos, três filhos, separada e desempregada, tinha de pagar 92 contos, pagou 45, uma medalha de ouro e ficou a dever o resto; Rita, 36 anos, operária, deixou ficar o anel de noivado e dois cheques; Teresa, 27 anos, cozinheira, com um relacionamento esporádico, pagou 40 contos, um fio, três anéis, uma aliança e um par de brincos; Piedade, 34 anos, empregada de balcão, deixou cinquenta contos e dois anéis; Maria João, 38 anos, cabeleireira, dois filhos, sem relação estável, deixou 70 contos e uma pulseira; Maria Manuela, 35 anos, recepcionista, deixou 15 contos e um cordão de ouro; Sandra, 18 anos, pediram cem contos, deixou quarenta, um fio de ouro, um anel, uma pulseira e ficou a dever trinta contos; Paula, 19 anos, desempregada, seis semanas de gravidez, 45 contos e uma pulseira.» («Com os nossos impostos, não!», no Sim no Referendo.)

Sem comentários :