segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Morreu um grande (neo)liberal

Os meus sentidos pêsames aos admiradores de Pinochet que escrevem n´O Insurgente e no Blasfémias. Morreu o homem que permitiu a Friedman e a Hayek verem a sua ortodoxia posta em prática. O facto de ter sido responsável pela morte de três mil pessoas, pela tortura de trinta mil e pelo exílio de trezentas mil é insignificante face a avanços civilizacionais tão importantes como a privatização do sistema de pensões e os impostos baixos. Merece, sem dúvida, um lugar na história.

4 comentários :

Anónimo disse...

morreu um grande fascista, sim.

Anónimo disse...

Não me lembro do Marcello Caetano ter sido chorado, pela esquerda, quando morreu. Afinal, era o pai do tão amado estado social português. Porque é que nunca chamamos marcellistas a quem defende o estado social em Portugal?

Pode-se concordar com certas coisas, rejeitando totalmente outras.

Não deixámos nunca de usar as curas médicas descobertas em campos de concentração nazi. Muita doença foi primeiro curada em judeus que tinham sido primeiro contaminados. Toda a área da dermatologia foi inventada nos campos. Continuamos, de facto, a beneficiar destas descobertas.

Ricardo Alves disse...

Eu sou da esquerda que não gosta de ditadores por princípio. E que acha que os fins não justificam os meios. (Segue-se que não simpatizo com Estaline.) O mesmo não se pode dizer de certa direita que está sempre pronta a destacar o «lado bom» de Pinochet...

Milo Manara disse...

Ricardo,

Certa esquerda democrática adora o Fidel e chorará a sua morte. É a mesmissima coisa.

P.S. Não vejo nada de bom no Pinochet...