terça-feira, 6 de junho de 2006

Padre nuestro que estás en los cielos...

Padre nuestro que estás en los cielos... Hay que pedirle a Dios por el pueblo del Perú, por la democracia del Perú, por el futuro del pueblo peruano, por la integración de nuestros pueblos. Hay que pedirle a Dios sabiduría al pueblo peruano, porque bastante fue manipulado

Juntando las manos y con los ojos cerrados, el presidente venezolano, Hugo Chávez, rezaba en directo durante su programa televisivo semanal Aló Presidente, en la que suponía su enésima referencia pública en los últimos meses al proceso electoral peruano.

Comparativamente, rezar é realmente uma solução muito mais diplomática que a inicialmente avançada por Chávez (ler post anterior).

3 comentários :

Ricardo Alves disse...

Rui,
que género de forças políticas e sociais apoiam o Alan Garcia?

Rui Fernandes disse...
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Rui Fernandes disse...

Ricardo,

Alan García é em geral definido como um social democrata. Não se encontra apoiado pela direita nem muito menos. É herdeiro político de Haya de la Torre cujo pensamento de esquerda nacionalista (sul-americano) é também reinvindicado pelo próprio Hugo Chávez (se bem que o discurso de Haya de la Torre era bastante mais democrático e laico do que o discurso chavista). Alan García foi presidente e os seu mandato anterior é em geral considerado o responsável pelo desastre econômico que levou o Perú a conhecer o trágico Fujimori. Alan García como presidente teve, resumindo, a má sorte de passar por uma grave crise econômica, a responsabilidade de haver gerido mal esta crise especialmente nas negociações com o FMI, a dificuldade de lidar com um enorme recrudescimento da violência dos grupos guerrilheiros, ver o seu governo afligido por vários casos de corrupção, e ainda suportar a forte oposição da direita e da classe empresarial. Finalmente com Fujimori Alan garcía foi obrigado a exilar-se do Perú. Ideologicamente Alan Garcia não alterou em grandes rasgos o seu discurso social-democrata, apenas reconhecendo a parcela de culpa e erros cometidos no mandato anterior e prometendo não voltar a repetir-los. Alterou isso sim e bastante a sua imagem, o que adicionado ao medo generalizado de grande parte da sociedade peruana ao candidato golpista Olanta levou a que muita gente decidisse reeleger-lo, com ou sem "tapar o nariz" como teria aconselhado Vargas Llosa. É talvez boa caricatura dizer que Alan García é o Lula peruano, com o que isso tem de bom e de mal. À partida tudo leva a acreditar que entre ele e Olanta não há pelo menos a primeira vista comparação possível. Seria como comparar Lula com Cháves. Mas há gostos para tudo, disso ninguém tem já nenhumas dúvidas.