sábado, 20 de maio de 2006

Francis Fukuyama

Não tenho intenções de ler este último livro. Mas constato divertido o embaraço dele perante os resultados do governo absoluto dos neo-conservadores durante os últimos cinco anos (presidente, congresso, senado, media, supremo tribunal).

Depois de nos encherem os ouvidos com as «provas» todas da bondade da globalização e do capitalismo selvagem, e depois de terem tido cinco anos para mostrarem o que valem, ele e os amigos – Kristol, Wolfowitz, Cheney, Rice, Rumsfeld – só podem estar envergonhados: caos, corrupção, miséria, guerra, poluição, opressão politica (escutas, tortura, revogação de direitos fundamentais), fundamentalismo religioso, desprezo pela lei e pelas organizações internacionais, pelos tratados multilaterais, pelas minorias e pelos próprios cidadãos.

Eu adoro ouvir os «cientistas políticos», sempre pomposos, cheios de citações – Heidegger, Leo Strauss, o papá do William Kristol – a explicarem-nos as virtudes da “democracia liberal” que nos foi imposta há cinco anos pelos oligarcas que lhes pagam os salários (todos os neo-cons vivem como nababos com as “bolsas” das fundacoes e “think tanks” da extrema direita).

Sem comentários :