quarta-feira, 8 de março de 2006

Novidades sobre a era sampaísta

«P: E era impossível deixar de nomear Pedro Santana Lopes?
R: (...) ninguém apresentou alternativas ao nome de Pedro Santana Lopes (...) Se eu dissolvesse era o equivalente a dissolver por um primeiro-ministro ter, por exemplo, morrido.
(...)
P: Olhando a esta distância, a impressão que fica é que o Governo de Santana Lopes funcionou como uma espécie de vacina que abriu caminho à maioria socialista...
R: (...) Santana Lopes foi nomeado para ficar! Tratei-o de modo igual aos outros primeiros-ministros! Não sei mesmo se não foi até com mais carinho (...)
P: Qual foi o ponto de viragem para a decisão da dissolução?
R: Uma sucessão de coisas. Desarticulações, etc. Mas há um ponto de que estão todos esquecidos: é que a maioria estava a desfazer-se. Durante o Governo do dr. Durão Barroso a maioria aparecia de uma maneira muito sólida. Depois passou a ser uma coisa completamente diferente, e eu comecei a perceber afastamentos, do lado do CDS, relativamente ao dr. Santana e à sua equipa.»
Dois comentários a esta entrevista. Em primeiro lugar, Durão Barrroso não morreu mas também não ficou incapacitado para o cargo. Decidiu, muito simplesmente, fazer a melhor escolha para a sua carreira política pessoal, faltando aos compromissos que assumira implícitamente com o país e com o seu partido. É verdade que a maioria parecia «sólida», mas o facto de ninguém ter apresentado alternativas a Santana Lopes deveria ter feito Sampaio desconfiar... Em segundo lugar, Sampaio afirma que o CDS estava a distanciar-se de Santana. Pois. Paulo Portas não comenta?

3 comentários :

sabine disse...

Este blogue tornou-se para mim uma referencia. Por isso vou acrescenta-lo na minha barra lateral.

sabine disse...

Uma leitura recomendada:
http://dn.sapo.pt/2006/03/09/opiniao/cinquenta_labregos.html

""#$ disse...

Olha ricardo, e revela que o sr sampaio é cobarde,ridiculo e passado este etempo todo apenas está a branquear - tentar branquear -as suas enormes e próprias asneiras.

O sr barroso ia-se embora e o sr sampaio imediatamente dissolvia e ia a eleições.

Agora dizer que até tratou lopes com mais carinho é de uma hipocrisia e estupidez atrozes.

A tarefa dele não é "tratar" lideres de partidos com mais ou menos carinho.

E quanto aos afastamentos proponho uma alteracao constitucional ao artigo 133 /g da CRP - passarmosa consderar os "afastamentos" como razão constitucional para dissolver governos.

Sampaio?
Não obrigado.

Esquerda tipo Sampaio?
Não obrigado.

Ps: e boa escolha deste excerto da entrevista de branqueamento ...